quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018
Investigando, argumentando e demonstrando
terça-feira, 30 de janeiro de 2018
O poder da matemática na era digital
Em sua essência, a matemática gira em torno de padrões, relacionamentos e estruturas. Numa era de fluxos constantes de dados e de crescente complexidade técnica, estes princípios matemáticos tornaram-se indispensáveis em quase todas as tecnologias em que confiamos. Buscar esses padrões, relações e estruturas não é domínio exclusivo dos matemáticos; fazemos isso como humanos em nossas vidas diárias.
Construções matemáticas
Os
algoritmos, a força vital da tecnologia moderna, dependem do raciocínio
matemático para decifrar a enorme quantidade de dados gerados diariamente. Seja
refinando os resultados dos mecanismos de pesquisa, prevendo padrões climáticos
ou permitindo que veículos autônomos naveguem no trânsito, os algoritmos são
construções matemáticas que transformam dados brutos em insights acionáveis.
O
aprendizado de máquina, aspecto fundamental da inteligência artificial,
exemplifica a sinergia entre a matemática e o domínio digital. As redes
neurais, refletindo as interconexões dos neurônios humanos, operam em
estruturas matemáticas intrincadas para processar e aprender. A matemática
sustenta essas redes neurais, pois elas reconhecem padrões para realizar
tarefas complexas, como reconhecimento de imagens, tradução de idiomas e
diagnóstico médico preciso.
Os domínios da criptomoeda e do blockchain, tecnologias que desafiam os sistemas financeiros tradicionais, também assentam numa base matemática. Os protocolos criptográficos que garantem transações seguras envolvem conceitos matemáticos sofisticados, como fatoração de primos e criptografia de curva elíptica. Estes mecanismos matemáticos protegem a maioria das transações financeiras hoje.
Números unificados
Na ciência
de dados, outra faceta da revolução digital, a matemática desempenha um papel
central. Big data é inerentemente matemático, uma vasta extensão de números
unificados por métodos estatísticos. Insights derivados de big data orientam
decisões em vários setores, desde saúde até marketing, inaugurando uma era
impulsionada por dados em que a modelagem matemática molda estratégias e
inovações.
No entanto,
a era digital apresenta novos desafios matemáticos. A cibersegurança, por
exemplo, surge como um campo de batalha onde a matemática serve tanto como arma
ofensiva como defensiva. Os algoritmos de criptografia protegem nossas
comunicações, enquanto os criptoanalistas utilizam ferramentas matemáticas para
quebrar essas barreiras. Esta luta contínua sublinha a natureza dinâmica da
Matemática como uma disciplina que evolui com os avanços tecnológicos.
Não é
exagero afirmar que a Matemática é a pedra angular da era digital, que funciona
como a linguagem através da qual a tecnologia comunica, a lógica por detrás dos
algoritmos e a base da análise de dados. A sua influência vai além da
computação, moldando as nossas interações com o mundo em diversas áreas, desde
o entretenimento e a arte até às finanças e à ciência.
À medida que
navegamos neste cenário em evolução, a potência da Matemática impulsiona-nos
para um futuro onde o digital e a matemática se fundem perfeitamente. Então, o
que significa essa confiança e onipresença da matemática? Significa que não
devemos mais temer a Matemática; precisamos abraçá-la. Significa que não
devemos considerar a matemática apenas uma “disciplina de apoio”; devemos
reconhecer que aqueles que se aprofundam na matemática avançada têm algo a
oferecer em todos os campos importantes do nosso mundo.
Além disso, significa que mesmo os indivíduos que não se consideram utilizadores regulares de Matemática devem explorar as suas capacidades matemáticas inatas. Uma base sólida nas ciências matemáticas fornece uma bússola, guiando-nos em direção à inovação, compreensão e crescimento contínuo na era digital.
sábado, 30 de dezembro de 2017
πerímetro
quinta-feira, 30 de novembro de 2017
Incomensurabilidade e os irracionais
Já sabemos que números racionais são decimais exatos ou dízimas periódicas que podem ser escritos na forma fracionária. Veja:
2 = ; – 4
=
; 1,2 =
; 0,625
=
;
0,666... = ; –
1,888... = –
; –
1,999... = –
.
Mas nem todo número pode ser escrito na forma fracionária.
Vamos compreender melhor essa ideia. Considere o segmento de reta e fixemos um segmento de reta
unitário u como unidade de medida
de comprimento. Por exemplo, a medida de comprimento de u é igual a 1
cm.
Como u cabe exatamente 4 vezes no e a medida de comprimento de u
é igual a 1 cm, dizemos que a medida de comprimento do
é de 4 cm.
Consideremos
agora um segmento de reta e o mesmo segmento de reta
unitário u com medida de comprimento
de 1 cm.
Neste caso, u não
cabe um número inteiro de vezes no . Então, devemos procurar um segmento de reta v
que caiba um número inteiro de vezes
em u e, assim, um número inteiro
de vezes no
. Neste exemplo, se tomarmos a medida de
comprimento de v igual a
cm, então v
caberá 2 vezes em u e 9 vezes no
.
Assim, a medida
de comprimento do será igual
a:
9 . cm =
cm = 4,5
cm.
Note
que a medida de comprimento do , em centímetros, é o número racional 4,5.
Quando
isso ocorre, ou seja, quando é possível encontrar um segmento de reta v nas condições acima, dizemos que o
segmento de reta e o segmento de reta u são
comensuráveis.
Pensou-se, por muitos séculos, que 2 segmentos de reta quaisquer sempre eram comensuráveis, ou seja, que o comprimento de um pode ser medido pelo outro e essa medida de comprimento é um número racional. Essa crença permaneceu até o quarto século antes de Cristo.
Naquela
época, em Crotona, no sul da Itália, Pitágoras liderava uma escola que se
dedicava ao estudo de Filosofia, Matemática e Música. Os discípulos de
Pitágoras também acreditavam que só existiam segmentos de reta comensuráveis.
Porém, foram eles próprios que descobriram, por exemplo, que o lado e a
diagonal de um quadrado são segmentos de reta incomensuráveis.
Isso significa que a medida de comprimento da
diagonal do quadrado (d) não pode ser expressa por um número
racional, tomando a medida de comprimento do lado do quadrado () como
unidade de medida.

Podemos concluir que: quando o segmento de reta é comensurável com a unidade de medida escolhida, a medida dele é um número racional; e quando é incomensurável com a unidade de medida escolhida, a medida dele é um número irracional. Assim, com os números racionais e os números irracionais, todos os segmentos de reta podem ter os comprimentos medidos.

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